terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Estudo sugere que caminhar diminui a progressão do Alzheimer

Um estudo apresentado a dia 29 de Novembro de 2010, no encontro anual da
Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA), sugere que caminhar regularmente
pode reduzir a velocidade do declínio cognitivo associado ao mal de Alzheimer em adultos afectados, assim como em adultos saudáveis.

“Descobrimos que caminhar cinco milhas por semana protege a estrutura cerebral
durante mais de 10 anos em pessoas com Alzheimer, especialmente nas áreas cerebrais das
memórias chave e dos centros de aprendizagem.” explicou Cyrus Raji, Ph.D, do Departamento
de Radiologia da Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia. “Nós também descobrimos que
essas pessoas tiveram um declínio mais lento da perda de memória durante 5 anos.”

O mal de Alzheimer é uma doença cerebral progressiva que destrói lentamente a memória e outras habilidades cognitivas. De acordo com a organização Alzheimer's Disease Worldwide, existem aproximadamente 35.6 milhões de afectados em todo o mundo. Por se tratar de uma doença ainda irreversível, e de acordo com as actuais tendências da sociedade, acredita-se que este número crescerá ainda mais nos próximos anos.

"Como a cura para o Alzheimer não é ainda uma realidade, nós esperamos achar meios de diminuir a progressão ou os sintomas da doença em pessoas já com deficiências cognitivas." afirmou o Dr. Raji.

Para o estudo, ainda em desenvolvimento, foram gastos 20 anos de pesquisa. O Dr. Raji e sua equipa analizaram o relacionamento entre a actividade física e a estrutura cerebral em 426 pessoas, incluindo 299 adultos saudáveis (com idade média de 78 anos) e 127 pessoas afectadas com diferentes graus da doença de Alzheimer (com idade média de 81 anos). Os pesquisadores monitoraram a distância percorrida durante as caminhadas de cada um dos voluntários por 10 anos. No final deste período, todos os pacientes realizaram uma ressonância magnética 3D (3D MRI) para identificar mudanças no volume cerebral ocorridas durante o período.

"O volume é um sinal vital do cérebro." explicou o Dr. Raji. "Quando este diminui, significa que as células cerebrais estão a morrer. Mas quando permanece mais elevado, a saúde cerebral está a ser mantida."

Os resultados mostraram que maiores cargas de actividade física estão relacionadas a maiores volumes cerebrais. Adultos afectados precisavam de caminhar pelo menos 5 milhas por semana para manter os seus volumes cerebrais e reduzir a velocidade do declínio cognitivo. Adultos saudáveis, por sua vez, precisavam de caminhar pelo menos 6 milhas semanalmente para manter os seus volumes cerebrais e diminuir significativamente os riscos do declínio cognitivo.

"O mal de Alzheimer é uma doença devastadora e, infelizmente, caminhar não é uma cura do mesmo." disse Dr. Raji. "Porém caminhar pode melhorar a resistência do seu cérebro à doença e reduzir a perda de memória ao longo do tempo."

1 comentário:

  1. Fiquei cidrado com os aspectos científicos e gráficos que vocês implementaram neste blogue. Revelam não só interesse no tema que estão a tratar assim como parecem possuir um grau de inteligência acima da média, o que acaba por se reflectir no interesse acima referido.
    Assim, agradeço a criação deste blogue tão útil ao aumento da inteligência dos leitores que tanto prazer têm em visitar esta página.
    Obrigado e continuem!

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