quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral (AVC)



No próximo dia 29 de Outubro irá assinalar-se o Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral promovido, a nível internacional, pela “World Stroke Organization”.

O AVC é uma enfermidade caracterizada pela lesão de tecidos cerebrais e pela rápida perda de funções neurológicas que persistem, pelo menos durante 24 horas, devido a uma perturbação do fornecimento de sangue ao nível do cérebro. O AVC pode ser classificado em dois grandes grupos: o AVC isquémico e o AVC hemorrágico. O primeiro tem origem na interrupção da irrigação sanguínea numa determinada zona do cérebro. O fluxo sanguíneo é reduzido ou mesmo interrompido, e as células cerebrais deixam de receber nutrientes e oxigénio essenciais à sua sobrevivência. O segundo resulta de alterações da permeabilidade dos vasos sanguíneos cerebrais ou mesmo da ruptura dos mesmos. Deste modo, ocorre a saída de sangue desses vasos provocando a formação de um aglomerado de sangue que comprime as estruturas cerebrais, alterando o seu funcionamento.
As manifestações clínicas subjacentes a esta condição incluem alterações das funções motora, sensitiva, mental, perceptiva, da linguagem, embora o quadro neurológico destas alterações possa variar muito em função do local e extensão exacta da lesão.
O AVC apresenta-se como a 2ª doença que gera um maior número de mortos em todo o mundo e este facto torna gritante a necessidade de uma maior consciencialização da doença por parte da população. Daí a importância de movimentos como o da “World Stroke Organization” que têm como objectivo a prevenção desta enfermidade que gera 15 milhões de mortes anualmente em todo o mundo e uma morte em cada 6 segundos. O acidente vascular cerebral (AVC) é a principal causa de morte em Portugal: a cada hora, morrem dois portugueses vítimas de AVC.
Em Portugal, o AVC é ainda responsável pelo internamento de mais de 27 000 doentes por ano; cerca de 15% dos quais morrem durante o internamento.

A campanha deste ano pretende evidenciar que um 1 em cada 6 seres humanos irá ser vítima de um AVC.
Em Portugal, uma equipa multidisciplinar de médicos, enfermeiras e nutricionistas do Hospital São João do Porto irão falar com as pessoas acerca de nutrição, factores de risco, sinais indicadores de AVC e medidas a tomar em situação de emergência.

Para evitar o AVC, a “World Stroke Organization” apela a que:

- Conheça os factores de risco medindo a pressão arterial, o ritmo cardíaco, o colesterol e a glicemia;
- Pratique exercício físico com regularidade;
- Coma de forma saudável e equilibrada;
- Limite o consumo de álcool;
- Não fume;
- Conheça os sintomas de alarme do AVC e ligue o 112 no caso de suspeita.

Estes simples conselhos podem salvar muitas vidas e campanhas como esta devem ser incentivadas para preservar o bem maior Humanidade, a Vida!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

«O Livro da Consciência»: nova obra de António Damásio



Ainda fresco nas prateleiras das livrarias nacionais, a obra «O Livro da Consciência» é o mais recente trabalho publicado do autor português António Damásio. Posto a venda no dia 24 de Setembro, o livro aborda a ideia da consciência e desmistifica a noção de que esta encontra-se à parte dos processos biológicos do cérebro, integrando este tema nos métodos científicos conhecidos do século XXI.
            O assunto não é uma novidade completa na comunidade científica, tendo sido investigado e questionado já diversas vezes no passado. O próprio António Damásio, no seu livro «O Sentimento de Si», publicado em 2000, já o havia discutido. Em sua obra mais recente, contudo, o neurocientista pretende reformular a concepção de consciência, munido de ferramentas, informações e teorias mais actualizadas e, certamente, inovadoras. As principais questões abordadas pela obra, de acordo com o próprio autor, são essencialmente duas: a forma como o cérebro constrói uma mente e o processo através do qual o cérebro a torna consciente.
             Para Damásio, o livro não se trata de uma resposta definitiva para tais questões. O autor acredita que está meramente a arranhar a superfície do estudo no tema, tratando a obra mais como um “enquadramento teórico” do que propriamente uma teoria. Portanto, o maior objectivo é ainda traçar um programa para a futura investigação na área, contrariando o cepticismo e a resignação nutridos por alguns especialistas ao nível da definição rigorosa e testável da consciência. Damásio aponta diversos avanços seguros sobre o assunto, que apesar de ainda estarem bastante longe de apresentar uma resposta definitiva, afirmam que é muito cedo para os cientistas desistirem desta procura.
            Apesar de não se tratar de uma leitura complexa para especialistas, é necessário possuir algum conhecimento biológico básico para acompanhar os meandros lógicos de António Damásio em sua totalidade. Ainda assim, mesmo para os leigos no assunto, a leitura é bastante fluída e coesa, fruto da experiência literária prévia do autor em obras como «O Erro de Descartes», «Ao Encontro com Espinoza» e «O Sentimento de Si», e é de fácil compreensão caso haja o interesse pessoal do leitor em pesquisar, ocasionalmente, informações mais específicas.

domingo, 17 de outubro de 2010

Centro de Investigação Champalimaud inaugurado em Lisboa




       No passado dia 5 de Outubro, terça-feira, foi inaugurado em Lisboa o Centro de Investigação para o Desconhecido da Fundação Champalimaud, dedicado ao estudo do cancro e das neurociências.
       A inauguração, que teve lugar na frente ribeirinha de Lisboa, em Pedrouços, e que envolveu um investimento de 100 milhões de euros, contou com a presença de mais de 400 convidados.
      Dedicado á cura do cancro e de diversas neuropatologias, o centro vai acolher entre 350 a 400 cientistas e investigadores de todo o mundo quando estiver em funcionamento e atenderá cerca de 300 doentes por dia, dado que junta investigação com actividade clínica, ou seja, prevenção, diagnóstico e tratamento.
      Entre as várias personalidades que assistiram a este evento, destacou-se a presença do Presidente da República, do Primeiro Ministro, os ministros da Ciência, Educação e Saúde, a família Champalimaud, dirigentes de fundações, empresários e gestores, líderes políticos, ex-Presidentes da República, prémios Nobel e ilustres cientistas portugueses e estrangeiros.
      A cerimónia arrancou de forma espectacular, com a projecção num ecrã de grandes dimensões de uma série de imagens com a explosão das velhas construções que ocupavam o terreno. Momentos depois, os frangmentos reuniram-se e daí emergiu o centro de investigação já concluído, ao mesmo tempo que um contador no canto superior contava os 730 dias que foram necessários para a construção do centro.
     Depois da cerimónia inicial, a mão de Leonor Beleza, presidente da Fundação Champalimaud, escreveu com um marcador preto, num largo pilar, a seguinte frase: "Este centro foi inaugurado por Sua Excelência o Presidente da República, Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva, no dia 5 de Outubro".
     Seguiu-se um pequeno filme sobre António Champalimaud e o discurso de Leonor Beleza, no qual a ex-Ministra da Saúde salientou que os destinatários do centro eram os cidadãos portugueses, que o prémio Nobel da Medicina James Watson, presidente do conselho científico da Fundação, incentivou sempre a sua equipa a acreditar na projecção mundial do centro. Sublinhou ainda que metade da área ocupada pelo complexo estará aberta ao público, "porque o centro quer ser uma ponte entre a ciência e o público".
     No discurso de James Watson, o co-descobridor do DNA, destacou a importância de vencer a guerra do cancro e estabeleceu um prazo de 10 anos para curar o cancro e mudar a sua natureza, fazendo com que este deixe de ser desconhecido. Por sua vez, Cavaco Silva disse que a entrada em funcionamento do centro será um marco importante para o desenvolvimento do sistema científico português e que, acima de tudo, será uma fonte de esperança para milhões de pessoas em todo o mundo.
     Por fim, Charles Correa, o octogenário arquitecto do complexo, propocionou a todos os presentes um momento de riso ao dizer que "O que mais me orgulha nesta edifício é que não mais um novo museu de arte moderna".
    É antes um complexo "destinado ao nível mais elevado de ciência e concebido para estar ao serviço das pessoas, onde a própria arquitectura funciona como terapia".

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Bem Vindos!

No âmbito da disciplina de Área de Projecto, do 12ºano, da Escola Secundária de Pedro Nunes, decidimos elaborar um blogue que complemente e divulgue a nossa pesquisa anual, referente à complexa e intrigante Neurociência.

Como tal, esperemos que este blogue transmita informações úteis para um público não especializado, e que, acima de tudo, transpareça o fascínio que todos os integrantes da equipa nutrem pela área.




Cumprimentos,
Administradores