domingo, 17 de outubro de 2010

Centro de Investigação Champalimaud inaugurado em Lisboa




       No passado dia 5 de Outubro, terça-feira, foi inaugurado em Lisboa o Centro de Investigação para o Desconhecido da Fundação Champalimaud, dedicado ao estudo do cancro e das neurociências.
       A inauguração, que teve lugar na frente ribeirinha de Lisboa, em Pedrouços, e que envolveu um investimento de 100 milhões de euros, contou com a presença de mais de 400 convidados.
      Dedicado á cura do cancro e de diversas neuropatologias, o centro vai acolher entre 350 a 400 cientistas e investigadores de todo o mundo quando estiver em funcionamento e atenderá cerca de 300 doentes por dia, dado que junta investigação com actividade clínica, ou seja, prevenção, diagnóstico e tratamento.
      Entre as várias personalidades que assistiram a este evento, destacou-se a presença do Presidente da República, do Primeiro Ministro, os ministros da Ciência, Educação e Saúde, a família Champalimaud, dirigentes de fundações, empresários e gestores, líderes políticos, ex-Presidentes da República, prémios Nobel e ilustres cientistas portugueses e estrangeiros.
      A cerimónia arrancou de forma espectacular, com a projecção num ecrã de grandes dimensões de uma série de imagens com a explosão das velhas construções que ocupavam o terreno. Momentos depois, os frangmentos reuniram-se e daí emergiu o centro de investigação já concluído, ao mesmo tempo que um contador no canto superior contava os 730 dias que foram necessários para a construção do centro.
     Depois da cerimónia inicial, a mão de Leonor Beleza, presidente da Fundação Champalimaud, escreveu com um marcador preto, num largo pilar, a seguinte frase: "Este centro foi inaugurado por Sua Excelência o Presidente da República, Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva, no dia 5 de Outubro".
     Seguiu-se um pequeno filme sobre António Champalimaud e o discurso de Leonor Beleza, no qual a ex-Ministra da Saúde salientou que os destinatários do centro eram os cidadãos portugueses, que o prémio Nobel da Medicina James Watson, presidente do conselho científico da Fundação, incentivou sempre a sua equipa a acreditar na projecção mundial do centro. Sublinhou ainda que metade da área ocupada pelo complexo estará aberta ao público, "porque o centro quer ser uma ponte entre a ciência e o público".
     No discurso de James Watson, o co-descobridor do DNA, destacou a importância de vencer a guerra do cancro e estabeleceu um prazo de 10 anos para curar o cancro e mudar a sua natureza, fazendo com que este deixe de ser desconhecido. Por sua vez, Cavaco Silva disse que a entrada em funcionamento do centro será um marco importante para o desenvolvimento do sistema científico português e que, acima de tudo, será uma fonte de esperança para milhões de pessoas em todo o mundo.
     Por fim, Charles Correa, o octogenário arquitecto do complexo, propocionou a todos os presentes um momento de riso ao dizer que "O que mais me orgulha nesta edifício é que não mais um novo museu de arte moderna".
    É antes um complexo "destinado ao nível mais elevado de ciência e concebido para estar ao serviço das pessoas, onde a própria arquitectura funciona como terapia".

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