segunda-feira, 6 de junho de 2011

Sinapse funcional criada a partir de nanotubos de carbono

Investigadores da Universidade da Califórnia do Sul fizeram um grande avanço no uso de nanotecnologias para a construção de um cérebro sintético. Utilizando nanotubos de carbono, conseguiram criar uma sinapse funcional e no futuro, esta tecnologia, acoplada a uma colossal rede de neurónios sintéticos, poderá ser fundamental para o desenvolvimento de próteses cerebrais ou até um cérebro sintético.

A equipa conseguiu construir um circuito sináptico constituído por nanotubos de carbono cujo comportamento, em testes, reproduz a função do neurónio.

Os nanotubos de carbono são estruturas moleculares extremamente pequenas com um diâmetro um milhão de vezes inferior à grafite de um lápis. Estes nanotubos podem ser utilizados em circuitos eléctricos actuando como condutores metálicos.

A investigadora Alice Parker, chefe da equipa, afirma que este é o primeiro passo e que o seguinte seria muito mais complexo. “Como podemos construir estruturas que actuem como o cérebro, que possui 100 biliões de neurónio e 10000 sinapses por neurónio?”. A tarefa é muito complicada e, mesmo hoje, estamos a décadas de conseguir o desenvolvimento total de o cérebro como uma unidade. Um dos principais problemas actuais relaciona-se com a dificuldade de reproduzir a plasticidade do cérebro (habilidade para modificar sua organização estrutural própria e funcionamento) nestes nanotubos. Outro dos principais problemas é a constante produção de neurónios cerebrais e suas ligações ao longo da vida, cuja reprodução deste processo seria extremamente difícil nos circuitos de um possível cérebro sintético.






Por fim, este é o primeiro passo de um projecto promissor, que, para atingir o sucesso, necessitará de uma abordagem interdisciplinar de modo a encontrar novas perspectivas para os problemas existentes. Se vingar, constituirá um grande avanço para a ciência mas sobretudo um grande avanço no bem-estar do ser humano.

1 comentário:

  1. a nanolândia veio para ficar...
    mas é uma áreas de fronteira - e muito se vai descobrir em breve.

    (parabéns pelo artigo)

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